quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Apresentações

Quarta-feira, 25 de Fevereiro de 2011.
Os dois estavam lá, junto com a escada e a janela, e o Sol foi testemunha de tudo.

A tarde estava quente, a brisa que vinha do sul parecia surtir efeito algum nas pessoas fadigadas e de pulões caídos. Mas os olhos daquela garota tola- mais conhecida como Clarice- se focavam em outra coisa. O céu. Era de um laranja inacreditável, se esticasse um pouco o braço tenho certeza que iriam tocá-lo, suas nuvens formavam riscos aleatórios, não aparentando trazer mais uma daquelas chuvas de verão, e estava leve, flutuante mas ao mesmo tempo tão perto do chão. Era mesmo de encher os olhos. Poderia ser tola, mas sabia contemplar uma bela paisagem.

Ainda abobada com tal beleza que a natureza lhe proporcionou neste fim de tarde, Clarice subia as escadas cinzentas até seu apartamento, em um prédio amigável, de arquitetura antiga, contrastante com o resto da cidade. Mal sabia ela o que a esperava no final daqueles 15 degraus.

O cabelo eram castanho claro, macio e bem emoldurado, seus olhos, que agora a fitavam, tinha um tom esverdeado quase caindo para o castanho, a pele macia cor de marfim, lábios, ah os lábios, estes eram finos em ambas extremidades, tentavam-na enlouquecidamente, seu corpo apressado era pego de costas pelas mechas do Sol que insistiam em passar pelos vidros da janela.
Seus olhos se encontraram, os verdes dela, os de cor mística dele, por uma fração de segundos. Segundos suficientes para se apaixonarem.



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