sábado, 15 de junho de 2013

Nuvem de borboletas

Coloque meu amor com seus whiskys e melancolias. Você sabe que eu sei muito bem o quanto é superficial e essencial meu amor para sua alma. Superficial por ser um sentimento não muito constante, mas necessário sempre que lhe aperta o coração.

Foi no dia em que as nuvens resolveram descer à cidade, estava tudo muito branco e agradavelmente frio. Seus olhos gentis apareceram na minha frente, olhos assim que esbanjam bondade e te olham como se soubessem sobre seus pensamentos e tivessem uma opinião formada sobre todos os seus sentimentos. Olhos prazerosos de se olhar.

Meu amor foi despertado, assim como a alegria, a nostalgia, o desespero, a ansiedade, entre outros que atiçam as borboletas no estômago. No meio daquela paisagem nebulosa, aconteceu nosso primeiro encontro. Dois desconhecidos capazes de se amar por vidas infinitas.

Estranho como a alegria e a tristeza se assemelham. Quando sinto alegria, minhas lágrimas vem a tona, meu estômago se agita e tenho vontade de chorar, como se o motivo de minha felicidade pudesse a qualquer hora desaparecer como uma poeira no meio do espaço. Quando estou triste tenho vontade de chorar, como se esta nunca mais fosse desaparecer. Ambos causam a mesma reação, e os mesmos sentimentos de alguma forma, e ambos são extremamente prazerosos.

Nosso amor é lindo, quente, alegre, triste, melancólico, insólito, vistoso e oque mais quisermos. Nosso amor é oque a gente quer, não na hora em que queremos, nem na ordem em que queremos, mas essa é a beleza dele.

Me olhe como você sempre faz e diga "eu te amo" mais uma vez com seus toques, mostre-me sua alma como nos nossos momentos mais profundos e nossas almas irão dançar mais uma vez embalados nas nuvens de um céu infernal.