sexta-feira, 17 de maio de 2013

Possessiva satisfação

Simplesmente odeio todos os seus filmes preferidos, suas músicas, seus jogos, desenhos, artistas, diretores e escritores. Detesto todos profundamente. 

Tenho o direito de permanecer calado, e gozei deste até não poder mais, pelo fato de amá-la tão profundamente e não querer ferir seus sentimentos com tal realidade incômoda.

Não me peça explicações de tamanho ódio. Os filmes de sua admirável preferência são realmente reconhecidos, e criticados beneficamente. Suas músicas são também as preferidas de muitas outras pessoas. Os jogos mais comentados são os que você fechou em poucas horas. Vejo referências em todas as redes sociais dos desenhos que você assiste. Os seus artistas aparecem sempre na TV. Como não reconhecer seu diretor favorito por sua tão comentada peculiaridade no modo de mostrar os mínimos detalhes que fazem toda importância nos filmes? E os escritores, romancistas homossexuais e blogueiros.

Conseguiria dizer o motivo pelo qual eu detesto tanto oque te faz feliz? Poderia ser um egocentrismo e uma carência possessiva da minha parte de fazê-la amar somente uma coisa por toda a sua existência? Seria, digamos assim, porque eu quero que me ame, e somente a minha pessoa e mais nada nem ninguém, músicas não poderão mais ser admiradas, filmes não poderão mais comovê-la e livros não ganharão mais sua fixação.

Só quero que seja minha, porque a amo, e sei que isso será o melhor para você. Querida, estamos passando por tempos difíceis aqui, o senhor presidente não te avisou? Querem explodir o mundo! Irão usar palavras para isso, palavras e sorrisos, músicas e filmes, desenhos e pessoas bonitas, nós. Não quero te perder como uma bomba relógio.

Faça como eu e ame. Me ame. Tudo oque precisamos, é o nosso amor.

Vamos bombardear o mundo com estrelas. Vamos criar uma guerra em seus corações. Vamos derramar sangue em suas bocas. Mas não vamos fazer nada.

Porque eu te amo, e sei que é por esse amor que eu sempre vou lutar.

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