domingo, 29 de abril de 2012

Ruínas

Desabou suas lágrimas no peito de Cláudio, abraçou-o como se nada fosse mais confortante. Vendo aquela criatura tão frágil, molhando sua camisa com lágrimas guardadas já a muito, ele percebeu que esta sempre fora a dona de seu verdadeiro amor. Envolvendo-a nos braços, fez-se o melhor consolo para Clarice.

Um borrão preto de olhos se mostrou, e dentro deles, um brilho tristonho olhava para olhos verdes tão apaixonados.

Quem sabe quantas palavras cabem em um único gesto, sabe o quanto Clarice agradeceu por ter Cláudio naquele momento.

Nenhum beijo se deu, nenhuma palavra se proferiu, apenas um abraço banhado de lágrimas encerrou aquela tarde tão agonizante.


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