segunda-feira, 2 de abril de 2012

Nuvens azuis

Ele foi visto, Cláudio foi visto no terraço, pintando o céu numa folha de papel, o qual estava tão azul quanto seu cabelo.
Estava satisfeita apenas por poder observá-lo a seguros 2 metros de distância, sentindo toda aquela nostalgia inexplicável.
De repente, viu-se fitada pelo homem de sua paisagem. Alguns segundos que pareceram algumas horas.
A fitação mútua, nada mais acelerante para o coração. 
Porém os dois continuaram neutros, calmos, como se seus olhares se encontrassem constantemente.
Levantou-se, com o papel e o lápis na mão, andou em direção a Clarice, e entregou-lhe o desenho. Uma ultima olhada antes de descer as escadas...
Ela ficou parada, ali em pé, segurando o desenho que lhe fora entregue por mãos tão gélidas. A paz emanava em todo o seu ser, o coração batia harmoniosamente, não raciocinava, só sentia, sentia suavemente como a brisa lhe tocava a face, e como sua vista ia muito mais além dos prédios da cidade.

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